Zuckerberg diz que proibição ao TikTok pode criar precedente ruim ...

Quando o presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, fez um discurso sobre a liberdade de expressão em Washington, também tinha outra intenção: alertar sobre a ameaça das empresas de tecnologia chinesas e, mais especificamente, o aplicativo de compartilhamento de vídeos TikTok. No discurso, uma frase apontava para o rival em ascensão da big tech. Zuckerberg disse aos alunos de Georgetown que o TikTok não compartilha o compromisso do Facebook com a liberdade de expressão e representa um risco para os valores e a supremacia tecnológica dos Estados Unidos. Zuckerberg martelou essa mensagem nos bastidores em reuniões com autoridades e legisladores durante a viagem que fez em outubro de 2019 e em outra visita a Washington semanas antes, de acordo com as fontes do jornal The Wall Street Journal.

Zuckerberg discutiu especificamente o TikTok em reuniões com vários senadores, de acordo com pessoas familiarizadas com as reuniões. No final de outubro, os senadores Tom Cotton (republicano, de Arkansas) —que se encontrou com Zuckerberg em setembro— e Chuck Schumer (democrata, de Nova York) escreveram uma carta a autoridades de inteligência pedindo um inquérito sobre o TikTok.

O governo iniciou uma revisão da segurança nacional da empresa logo depois e, na primavera, Trump começou a ameaçar banir totalmente o aplicativo. Neste mês ele assinou uma ordem executiva exigindo que o proprietário chinês da TikTok, a ByteDance Ltd., se desfaça de suas operações nos Estados Unidos.

Não foi possível determinar exatamente que papel os comentários de Zuckerberg tiveram na maneira como o governo lidou com o TikTok. Uma porta-voz do senador Cotton disse que seu gabinete não comenta as reuniões do legislador.

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